Assim como praticamente todos os demais segmentos econômicos, o setor de mídia out-of-home (OOH) teve seu planejamento de 2020 virado do avesso assim que os primeiros sinais do novo coronavírus se tornaram uma ameaça real na vida dos brasileiros.
Diferentemente dos demais veículos, no entanto, os impactos da pandemia no OOH devem ser analisados de forma ainda mais cautelosa por conta do histórico recente do setor.
Nos últimos anos, todos os relatórios de investimentos em mídia e publicidade apontavam a mídia out-of-home como uma das mais crescentes forças na conexão entre marcas e seu público-alvo. No balanço do Cenp-Meios referente ao ano de 2019, construído com base em informações coletadas junto a 226 agências de publicidade de todo o Brasil, a mídia OOH respondeu por 10,5% de todo o share de investimento publicitário no País, angariando para si o título de terceira força do setor, atrás apenas da TV aberta e da internet.
Sofrer a reviravolta de uma crise sem precedentes em um período de intenso crescimento vem sendo uma prova difícil para o meio. O histórico anterior, no entanto, acaba sendo um alento — e uma esperança — para o período pós-pandemia, quando as pessoas voltarem a ocupar as ruas e retomarem as atividades cotidianas de trabalho e lazer. Embora não consigam fazer previsões de quando a rotina da população retomará à normalidade, de uma coisa os executivos não têm dúvidas: assim que isso acontecer, o setor de OOH será um dos primeiros a se recuperar de forma mais rápida e consistente.(Fonte Inviron)
“Ainda não temos uma visão clara de como a economia se restabelecerá até o final do ano e, por isso, como o segmento publicitário responderá. Mas temos certeza de que a retomada será forte para OOH. Inclusive, as conversas com agências e anunciantes para uma eventual retomada gradual já começaram, principalmente de segmentos com maior poder de influência econômica”, antecipa Alexandre Guerrero, chief salef officer da Eletromidia Elemidia, empresa que tem mais de 60 mil faces publicitárias em redes de transportes, centros de compras, elevadores e locais de grande circulação de pessoas.